terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Opiniões dos alunos

"Gente. Foi muito bom trabalhar nesse projeto em conjunto com meus colegas. Eu aprendi muitas coisas e fiquei sabendo mais sobre a Aldeia Cabana." (Maria José)

"O projeto me ajudou a adquirir um conhecimento maior sobre a Aldeia Amazônica, capturar imagens e ver de perto a situação em que se encontra, entrevistar e saber o que pensam as pessoas que moram nas proximidades, participar da criação de vídeos e de apresentações de slides com o material que produzimos." (Anne Carolyne)

"Foi firme a nossa participação. Fizemos uns vídeoas bem legais. Eu conheci várias pessoas pessoalmente e troquei mensagens com algumas no site." (Claudio Henrique)

"Várias escolas de Belém estavam participando da comunidade. Também tinha escolas de outros estados. Nós marcamos nossa presença." (Alvaro Henrique)

"Olhei os projetos das outras escolas, todos muito bem feitos. Acho que o nosso também está muito bom." (Edgar)

"Aprendi bastante sobre a Cabanagem e fiquei sabendo quem foi o David Miguel. Com o nosso projeto passamos esse conhecimento para outras pessoas." (José Allan)

"Me superei no projeto. Participei de vídeos, entrevistei pessoas, trabalhei em equipe e participei do educarede." (Reyvson Tony)

Impressões do ex-prefeito Edmilson sobre a troca do nome da Aldeia Cabana

QUEM TEM MEDO DA CABANAGEM?

Acompanho com atenção a recente polêmica acerca da correta denominação da Aldeia Cabana, em Belém. De uns tempos para cá, a administração municipal, contando com o nada discreto apoio de certos veículos de comunicação, parece ter decido alterar a denominação daquele espaço público, retirando, não por coincidência, justamente sua designação de Cabana. Os releases oficiais passaram a denominá-la, apenas, como “Aldeia de Cultura Amazônica”, ou, às vezes, lembram de incluir a referência ao grande Davi Miguel, que também empresta seu nome e sua história àquele patrimônio de nossa cidade.

Por que excluir a referência à Cabanagem? Por que essa revolução popular ainda hoje, após mais de 170 anos, continua a causar calafrios nos que parecem ter medo e horror ao povo?

Durante nosso governo na capital, foram muitas as homenagens à Cabanagem, como parte de um processo de reconstrução da identidade histórica e da auto-estima da população. Aliás, desde 1o de janeiro de 1997 até o último dia de mandato fizemos questão de denominar a administração municipal como Governo do Povo, e nisso não existiu qualquer exercício meramente retórico. Tratou-se de demonstrar que as lutas sociais, muito embora separadas no tempo, permanecem ligadas à perspectiva de transformação social e unidas através de ideais libertários e humanistas.

Não foi desprezível o movimento que as elites e os setores mais conservadores fizeram em oposição a este resgate histórico. Ele continua agora, ganhando novas roupagens e novos disfarces. Começou pelo recrudescimento da fobia contra o vermelho, aliás, diga-se, cor também dos cabanos. No momento seguinte, ressurge a censura à Cabanagem. Fecha-se o cerco contra o ideário popular, cabano por excelência, que o Governo do Povo teve o privilégio de encarnar.

Quando lembro da Aldeia Cabana lotada por milhares e milhares de pessoas, desde a sua inauguração, passando pelos Carnavais, pelas Bienais Internacionais de Música, pelas plenárias do Congresso da Cidade e por dezenas de outros eventos, fico confiante na capacidade do povo de Belém resistir a mais essa manobra grosseira.

Blog “Luzes na Floresta” 13 de março de 2006

Edmilson Rodrigues

http://www.uniblog.com.br/edmilsonrodrigues/48589/quem-tem-medo-da-cabanagem.html

Projeto de Intervenção para a Aldeia Cabana

Aldeia Cabana um espaço de grandes apresentações culturais.